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SÃO BENTO CONTURBADO E GLORIOSO XI

No ano de 1897, os bons ventos não sopravam em São Bento do Sul.

Por Celso e Mariana 8 min de leitura

O setor político e a população há muito vivia dias temerosos e tempestuosos. 

O Doutor Wolff era médico, político e também tinha uma gráfica em sua casa e editava o Jornal Legalidade que mostrava a população em polvoroso clima de medo com a morte de Filgueiras há poucos meses antes e, agora, mais esse crime de mais um Prefeito, o medo se multiplicou, inclusive porque sabiam que as acusações recaíam sobre pessoas importantes como o Capitão Joaquim e sua corja que espancavam, surravam e matavam as pessoas, Dificilmente seria julgado porque, protegidos pela lei e pelas armas, ninguém ousava confrontá-los! Esse tipo de situação não condizia com aquele povo ordeiro e trabalhador, os são-bentenses e campo-alegrenses do bem.

  1. CAMPO ALEGRE ANTIGA

As coisas funcionavam assim: o referido Capitão Joaquim da Silva Dias, era promotor público de Campo Alegre. Tinha como seu braço direito o prefeito de Campo alegre, Francisco Bueno Franco. Os dois e seus comparsas davam violentas surras em seus inimigos políticos e até matavam. Os que ousavam confrontá-los recebiam ameaças, surras e morte. Foi o que aconteceu com os dois prefeitos de São Bento: Filgueiras e Malschitzky, que foram assassinados.

  1. FRANCISCO BUENO FRANCO

 Podemos concluir que o crime de Malschitzky foi premeditado e alguns fatos corroboram: 

A) o cachorro que latia antes dos outros quando alguém se aproximava, uns dias antes do crime fora gravemente machucado por uma pedrada, possivelmente o autor queria eliminá-lo para poder matar Malschitzky sem ser denunciado pelo cão; B) Malschitzky pediu a exoneração e afastamento do capitão do cargo de promotor público e este, foi o motivo mais evidente do crime. C) O criminoso sabia dos hábitos de Malschitzky, da melhor posição da janela da casa por onde poderia atirar, da movimentação da vítima dentro e fora da casa em determinadas horas e todas as informações que um criminoso necessita para executar seus intentos.

Na próxima edição veremos o terror que foi ano de 1897 na história de São Bento. Com o tempo, a política foi mudando de mão, foi se amansando e, hoje, já não existe mais a lei do revólver e nem da espada do Marechal Floriano. 

Obrigado! Abraços de Celso e de Mariana!

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