Estudo da Fiesc cita Papanduva e Três Barras como mais vulneráveis ao tarifaço
Federação das Indústrias de Santa Catarina divulgou o levantamento recentemente
Por Da Redação 5 min de leitura
A economia catarinense é muito sensível às oscilações do comércio internacional
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) divulgou um estudo sobre os impactos das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com foco em Santa Catarina. O levantamento destaca a vulnerabilidade de algumas cidades, incluindo Papanduva e Três Barras, que têm baixo desenvolvimento no Índice Firjan e são altamente expostas aos impactos. Essas cidades têm pouca capacidade de adaptação a uma crise.
Por outro lado, São Bento do Sul e Rio Negrinho apresentam maior resiliência, devido à diversificação produtiva e bom desempenho social. Campo Alegre tem resiliência média, com desenvolvimento intermediário.
Projeções de perdas
O estudo aponta que setores como madeira e móveis são os mais afetados, com projeções de perda de mais de 5 mil empregos. A economia catarinense é muito sensível às oscilações do comércio internacional, principalmente com os EUA, que representam cerca de 15% das exportações do Estado.
Cenários
O estudo prevê três cenários: um otimista com queda de 30% nas exportações e dois pessimistas, com quedas de 50% e até 70%. No pior cenário, pode haver a perda de mais de 100 mil empregos. A Fiesc alerta para o risco de uma crise aguda nos EUA, que afetaria diretamente o setor imobiliário e, consequentemente, as exportações catarinenses de madeira e móveis.