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Com caso fatal na região, meningite pode ser prevenida

Secretaria de Saúde registra aumento de ocorrências da doença

Por Da Redação 12 min de leitura

Programa Nacional de Imunizações (PNI) dispõe de diversas vacinas

Tendo causado uma morte recente no Planalto Norte, a meningite pode ser prevenida. Nos últimos anos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou um aumento nos casos por doença meningocócica/meningite em Santa Catarina. Até outubro de 2025, foram confirmados 36 casos da enfermidade no Estado.

De acordo com relatório recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), a doença tem apresentado oscilações. Em 2021, foram registrados 14 casos; em 2022, o número subiu para 26; em 2023, chegou a 30; e, em 2024, Santa Catarina contabilizou 28 ocorrências.

Gratuitas
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) dispõe de diversas vacinas que previnem formas de meningite bacteriana, como BCG, Meningocócica C, Meningocócica ACWY, Haemophilus influenzae tipo B e Pneumocócica. Os imunizantes estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Santa Catarina.

Para a prevenção da doença meningocócica, a vacina meningocócica C conjugada está disponível para crianças a partir dos três meses de idade até menores de cinco anos — com doses aos 3 e 5 meses e reforço aos 12 meses com a vacina ACWY. A vacina ACWY também integra a rotina para adolescentes de 11 a 14 anos.

Aumento em óbitos
O aumento no número de óbitos também foi notificado: em 2024 foram registrados três, enquanto em 2025 o número subiu para sete. Embora os casos estejam distribuídos pelo Estado, destaca-se maior concentração na Região de Saúde da Serra Catarinense (16,67% dos casos), seguida da Região Nordeste (13,89%). A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos (27,78%).

Entre os sorogrupos identificados, o C apresenta maior incidência e letalidade – para ele há vacina disponível no SUS para crianças e adolescentes. Dos sete óbitos registrados neste ano, três (42,8%) foram causados pelo sorogrupo C, em pessoas entre 20 e 39 anos, resultando em uma taxa de letalidade de 19,4%.

Sinais
“Os sinais e sintomas podem surgir repentinamente e incluem febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Manchas vermelhas ou roxas na pele podem indicar um quadro mais grave, chamado meningococemia. Alterações de comportamento, como confusão, sonolência e dificuldade de despertar, também merecem atenção. Em recém-nascidos e lactentes, febre, irritação, cansaço e falta de apetite podem ser os únicos sinais”, explicou a gerente de Imunização da DIVE. Arieli Fialho.

A meningite é uma doença grave e de evolução rápida, caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que recobrem o sistema nervoso central. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou até fatores não infecciosos, como traumatismos.

Prevenção
Confira algumas medidas não farmacológicas de controle:

-Manter ambientes bem ventilados;
-Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel;
-Limpar e desinfetar superfícies e objetos de uso comum;
-Garantir rigorosa higiene de utensílios e brinquedos em domicílios, creches e escolas;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.

Onde
O óbito na região foi registrado em São Bento do Sul. A vítima encontrava-se na faixa dos 50 aos 64 anos.