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SÃO BENTO CONTURBADO E GLORIOSO VIII.

A MORTE DE JOÃO FILGUEIRAS DE CAMARGO. Comentários iniciais. Nomeamos este município apenas como São Bento, porque somente em 1948, quando chamava-se Serra Alta, foi rebatizado como São Bento do Sul. Voltemos o tema do artigo de hoje. No ano de 1897, João F. de Camargo morava em Mato Preto, em uma casa de estilo […]

Por Celso e Mariana 9 min de leitura

A MORTE DE JOÃO FILGUEIRAS DE CAMARGO.

Comentários iniciais. Nomeamos este município apenas como São Bento, porque somente em 1948, quando chamava-se Serra Alta, foi rebatizado como São Bento do Sul.

  1. CÂMARA MUNICIPAL, A CASA DE TRABALHO DE FILGUEIRAS.

Voltemos o tema do artigo de hoje. No ano de 1897, João F. de Camargo morava em Mato Preto, em uma casa de estilo europeu. Vivia tranquilamente com sua esposa Gertrudes Gomes com quem não teve descendência. Os dois eram primos de consanguinidade no segundo grau da linha lateral, mas não foi esse o motivo pelo qual não tiveram filhos. Os dois se casaram em São José dos Pinhais no dia 20.02.1870, João tinha boas relações com os imigrantes alemães, porém era uma pedra no sapato de muitos políticos da oposição que lhe devotavam grande ódio político. Na primeira oportunidade que tiveram, denunciaram Filgueiras ao comando político do Rio de Janeiro, como sendo ele traidor da República, ao se emparelhar aos rebeldes revolucionários do General Piragibe, por defender as tropas armadas de São Bento. Também, pode-se levar em conta a inveja oposicionista pelos grandes feitos de Camargo em São Bento e região. O Marechal Floriano Peixoto, era conhecido por sua extrema violência – mandava matar todo e qualquer político ou cidadão que lhe fosse opositor, sem nenhum julgamento e bastava apenas uma simples denúncia fundada ou não. Assim, as situações começaram a tornar-se adversas para Filgueiras. 

2. O CRIME

No dia 25.5.1897, às 21h, descansava tomando chimarrão num galpão nos fundos da sua casa em Mato Preto. Não havia como desconfiar que, por trás dele, oculto pela escuridão da noite, alguém se aproximava furtivamente, esgeirando-se por entre as árvores que rodeavam a sua residência. João mal sabia que aqueles eram os últimos goles da saborosa erva-mate. Alguns tiros certeiros lhe ceifaram a vida instantaneamente. João agonizou ainda com a cuia nas mãos. Em depoimento diante do juiz, sua esposa Gertrudes, durante o inquérito, acusou formalmente seu sobrinho João Elias Fragoso de ser o assassino de João. Não tivemos acesso aos detalhes comprobatórios se foi crime político ou passional e se foi Elias ou não. Seja como for, São Bento continuava conturbado, porque logo a seguir, mais um político daquela cidade também foi assassinado e é o que veremos na próxima edição. 

Obrigado! Abraços de Celso e de Mariana!

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