Fernando Krelling defende ampliação de empresas em unidades prisionais de SC
Deputado visitou o complexo prisional de Joinville e defende aumento das oportunidades de trabalho para reeducandos
Por Jornal Liberdade 8 min de leitura
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado estadual Fernando Krelling (MDB), visitou nesta semana o complexo prisional de Joinville para acompanhar de perto as ações de ressocialização, empregabilidade e cumprimento de pena dos mais de 2,7 mil detentos da cidade.
Recebido pelo superintendente regional norte da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social, Krelling conheceu a rotina do Presídio Regional, do Presídio Feminino e da Penitenciária Industrial de Joinville, além de conversar com líderes das empresas que já atuam nas unidades, gerando emprego e renda para os internos.
“Unidades prisionais não podem ser depósitos de presos. Os apenados precisam ocupar a mente, trabalhar e produzir, gerando recursos para si e ajudando a custear sua permanência no sistema prisional”, destacou Krelling.
Incentivo à inserção de empresas
O parlamentar defende que o Estado amplie editais e crie condições para que mais empresas se instalem nas unidades prisionais catarinenses. Segundo ele, o trabalho dos detentos contribui tanto para a sustentabilidade do sistema penitenciário quanto para a reinserção social dos apenados.
“Um interno custa ao Estado cerca de R$ 4 mil por mês. Esse valor pode ser amortizado com o trabalho. Todos precisamos trabalhar em nossa sociedade. Vou cobrar do Governo do Estado mais editais para empresas se instalarem nas unidades prisionais”, enfatizou o deputado.
Atualmente, no complexo prisional de Joinville funcionam empresas dos setores de alimentos, calçados, serralheria, tubos e conexões, parafusos, mangueiras e carrinhos de bebê.
Dados do sistema prisional
O complexo de Joinville abriga 2.716 detentos, sendo 2.414 homens e 302 mulheres. Segundo o chefe de serviços da Penitenciária Industrial de Joinville (PIJ), Lucas Roeder, 40% dos reeducandos optam por trabalhar.
Os internos recebem um salário mínimo, que pode aumentar conforme o desempenho nas atividades. 25% do valor é destinado ao Fundo Rotativo do Estado, usado para manutenção e equipamentos do sistema penitenciário. O restante fica com o apenado. Além disso, a cada três dias de trabalho, há redução de um dia na pena.
Krelling afirmou que vai continuar atuando para que novas empresas sejam instaladas nas unidades prisionais, aumentando as oportunidades de emprego e contribuindo para o processo de ressocialização dos detentos.