Alerta em Papanduva e região: empresa de casas pré-moldadas fecha escritorio e prejuízo pode ser milionário
Papanduva
Por Jornal Liberdade 11 min de leitura
Clientes relatam que escritório teria sido abandonado
Clientes da empresa Pré-made, que atuava na construção de casas pré-moldadas, relatam que o empresário Anderson Massaneiro fechou as portas, supostamente abandonando o escritório no município. Ele teria deixado clientes no prejuízo. Segundo informações, teria sido descartada no lixo uma máquina de cartão ainda em funcionamento e não teriam sido efetuados o término das obras e as entregas das casas. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 1 milhão.
Bianca, que pagou R$ 40 mil como entrada, afirma que foi informada que seu dinheiro foi usado em outra obra sem que a sua casa fosse iniciada. Para ela, ainda teria sido oferecido um terreno na praia de Itapoá, que teria se revelado clandestino e sem possibilidade de construção. Hoje, Bianca enfrenta dívidas, aluguel e parcelas do carro, enquanto o sonho da casa própria se mostra perdido.
Suelen, outra cliente, diz que pagou R$ 35 mil de entrada e firmou contrato em cartório. Sua obra começou em novembro, mas parou antes de ser concluída. O empresário teria continuado apenas prometendo soluções sem cumprir, de acordo com ela.
A defesa do empresário
A reportagem do Jornal JL conseguiu contato com Anderson Massaneiro na quinta-feira (14). Por WhatsApp, ele afirmou que fechou o escritório por questões de economia e reforçou que o número de celular continua o mesmo, ou seja, (47) 98863-9161. “Não dei golpe, estou passando por um momento difícil”, alegou.
Anderson disse ainda que tem previsão de um ano a um ano e meio para regularizar a situação: “Preciso trabalhar para resolver”, afirmou. ‘‘Estou atendendo os clientes um de cada vez ou dois, não vou conseguir me acertar com todos de uma vez só, até zerar com todos”, contou. Sobre a sala, o empresário se disse “surpreso” quando soube que seus pertences já não estavam no local.
Orientação aos consumidores
Especialistas alertam para a necessidade de contratos detalhados e orientação jurídica antes de qualquer obra. O Procon pode intermediar conflitos, mas a prevenção é o melhor caminho para evitar prejuízos. “Construir sem segurança jurídica pode transformar o sonho da casa própria em um pesadelo financeiro”, alerta a advogada Mariângela Silveira Senna.
Ela reforça: “Antes de assinar qualquer contrato com empreiteiras ou profissionais da construção civil, o consumidor deve procurar orientação jurídica ou do Procon. O contrato deve conter prazos, valores, responsabilidades, tipo de material, garantias de ambos os lados e cláusulas de penalidades”.
Suspeitas
De acordo com os relatos, o caso levanta suspeitas de irregularidades nas construções e negociações, mas essas informações ainda não foram confirmadas. É fundamental guardar comprovantes de pagamento, mensagens e documentos, que podem servir como indícios e provas em caso de problemas. Consumidores que se sentem lesados pelo caso devem informar ao Procon (número 151) e, se necessário, acionar a Justiça.