Base do governo se divide quanto à abertura de CPI do INSS no Congresso Nacional
Congresso
Por Jornal Liberdade 6 min de leitura
A leitura do pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está marcada para a próxima sessão conjunta do Congresso Nacional. A oposição afirma ter o compromisso de ler o pedido, enquanto parlamentares do governo se dividem quanto à pertinência da comissão.
Posição do Governo
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Humberto Costa, representa a linha majoritária do partido, que vê a instalação da CPMI como desnecessária e uma medida que só serviria para alimentar a disputa política. Costa argumenta que as investigações sobre as fraudes no INSS estão sendo feitas de maneira aprofundada pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União e pelo Ministério Público.
Vozes Dissidentes
No entanto, há vozes dissidentes dentro do PT. O senador Fabiano Contarato assinou o pedido de abertura da CPMI e defende que a comissão pode ser uma forma de fiscalizar o Executivo. Contarato acredita que as investigações podem ser complementares e que a CPMI pode ajudar a apurar as fraudes.
Expectativas da Oposição
A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) espera que a CPMI seja utilizada para apurar as fraudes e responsabilizar os responsáveis. Ela destaca que dez entidades foram criadas durante o governo Bolsonaro e que três ex-secretários do INSS já foram identificados como responsáveis pela fraude.
Trabalho nos Bastidores
Nos bastidores, o governo trabalha para adiar a leitura e instauração da CPMI para o segundo semestre, garantindo que as investigações avancem e que o tema perca força na agenda política do país.
A instalação da CPMI do INSS promete ser um tema controverso e que pode gerar debates acalorados no Congresso Nacional.