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Região tem o menor índice de tentativa de suicídio de Santa Catarina

Levantamento foi divulgado pelo Ministério Público

Por Da Redação 8 min de leitura

Estudo integra as atividades do “Setembro Amarelo”

A região tem o menor índice de tentativa de suicídio em Santa Catarina, divulgou o Ministério Público (MPSC) no âmbito das atividades do “Setembro Amarelo”. A região considerada no estudo engloba as comarcas de Papanduva, Itaiópolis, Mafra, Porto União, São Bento do Sul e Rio Negrinho.

De acordo com o levantamento, entre crianças e adolescentes, o número de 1,88 casos por mil habitantes, número inferior a todos os registrados em outras regiões, como, por exemplo, as de Lages (3,16), Criciúma (4,05), Blumenau (5,18) e São Miguel do Oeste (5,82) – esta última com os piores números.

Entre adultos e idosos, a região aparece com um índice de 1,55, igualmente abaixo dos números, por exemplo, da Capital (2,11), de Itajaí (2,18), de São Miguel do Oeste (2,61) e de Tubarão (3,04), esta última detentora dos índices mais alarmantes.

Total do ano passado
Em 2024, segundo o MP, o Estado registrou mais de 19 mil casos de tentativa de suicídio, índice de 4,62 para cada mil habitantes.  Os dados são considerados preocupantes pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que por meio do seu Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública (CSP) desenvolve o programa “Saúde Mental em Rede”, a fim de promover o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), garantindo cuidado humanizado e integral às pessoas com sofrimento psíquico. 

Ato extremo
“O suicídio é um ato extremo e forte indicador de que muita coisa vai mal. Queremos ajudar a estruturar a atenção básica em saúde mental para que ninguém chegue a esse ponto”, afirma o Coordenador do CSP, Promotor de Justiça Eduardo Sens dos Santos. 

Como uma das atividades do programa, são realizadas visitas aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) dos municípios – unidades públicas de saúde especializadas no atendimento à saúde mental, que têm o objetivo de prestar o atendimento de modo comunitário, humanizado e inclusivo.  

As visitas, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, são feitas a fim de avaliar tecnicamente diversos aspectos relevantes para a efetividade da política pública, incluindo a estrutura física dos equipamentos, a qualificação e quantidade de profissionais disponíveis, a oferta e a regularidade dos atendimentos. No mês de julho deste ano foram vistoriadas as unidades de 124 municípios.