Página Inicial | Geral | Vice-prefeito Cleiton Martins comenta interdição das cascalheiras e participação na sessão itinerante da Alesc

Vice-prefeito Cleiton Martins comenta interdição das cascalheiras e participação na sessão itinerante da Alesc

Papanduva

Por Jornal Liberdade 12 min de leitura

– Em entrevista, o vice-prefeito de Papanduva, Cleiton Martins, falou sobre sua participação na sessão itinerante da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que acontece no próximo dia 5, em Mafra. Um dos principais temas que ele levará à tribuna na quarta-feira será a interdição das cascalheiras do município — situação que gerou grande preocupação e impactou diretamente os serviços de manutenção das estradas rurais.

Segundo Cleiton, a cascalheira do Santo Tomás estava em plena operação quando foi interditada, após uma denúncia anônima recebida pelos órgãos ambientais. “Infelizmente, apesar de estar prestando um serviço essencial ao município, a cascalheira operava sem licenciamento ambiental. Assumimos o mandato acreditando que a situação estava regularizada, mas fomos surpreendidos com a fiscalização do IMA e da Polícia Florestal, que resultou na paralisação das atividades”, explicou.

O vice-prefeito destacou que a interdição afetou também outras três cascalheiras, que estão em processo de licenciamento, impedindo o município de utilizar qualquer uma delas. “Ficamos praticamente sem material. Hoje, dependemos apenas das condições climáticas, que, por sorte, têm sido favoráveis, já que enfrentamos um inverno brando, sem chuvas intensas”, completou.

Diante da situação, Cleiton, acompanhado dos vereadores Robson e Edival, esteve na Alesc, visitando gabinetes de deputados e entregando ofícios com uma moção de pedido pela simplificação do processo de licenciamento ambiental. “Em dois dias, conseguimos visitar 29 dos 40 gabinetes. A proposta é que o licenciamento para fins públicos tenha um trâmite mais ágil, menos burocrático e menos oneroso para os pequenos municípios”, reforçou.

Atualmente, o município já investiu cerca de R$ 72 mil no processo de licenciamento das quatro cascalheiras — aproximadamente R$ 18 mil por cada uma —, valor que poderia ser destinado à manutenção de estradas, saúde, educação ou assistência social.

Outro ponto levantado pelo vice-prefeito foi a preocupação com os produtores rurais, especialmente os pequenos agricultores. “Temos duas realidades agrícolas em Papanduva: de um lado da BR-116, a agricultura familiar, com produção de tabaco e terrenos acidentados; do outro, áreas mais planas, com produção em maior escala. Ambas precisam de infraestrutura e acesso, o que só é possível com estradas bem conservadas”, afirmou.

Cleiton também destacou que a situação das cascalheiras não é um problema isolado de Papanduva. Segundo ele, é uma realidade enfrentada por diversos municípios, que carecem de soluções urgentes para garantir o mínimo necessário à população rural. “A interdição atinge diretamente o escoamento da produção agrícola. O mínimo que a administração pública deve fazer é garantir estradas em boas condições para esses produtores”, afirmou.

Outro ponto de atenção mencionado foi a possibilidade de enchentes nos meses de agosto e setembro, especialmente na região de São Miguel. “É fundamental estarmos preparados com manutenções preventivas para o período das chuvas”, alertou.

Ele concluiu ressaltando a importância da pauta na Comissão de Agricultura da Alesc, onde pretende reforçar a necessidade de soluções para garantir segurança jurídica e agilidade nos processos ambientais que afetam diretamente o dia a dia dos municípios.