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Senador Omar Aziz questiona presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre “guerra” na Palestina

Debate no Senado envolve críticas sobre comparação de ações em Gaza com o Holocausto, gerando tensão entre parlamentares.

Por Cauan 8 min de leitura

Durante uma sessão no Senado, o senador Omar Aziz (PSD-AM) expressou sua indignação em relação aos comentários feitos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que compararam as ações de Israel em Gaza ao Holocausto.

Omar Aziz rebate Rodrigo Pacheco em relação à represália que o Presidente do Senado fez a fala do Presidente Lula.

Aziz, visivelmente abalado, perguntou: “O que está acontecendo lá, com a morte de 10 mil crianças e mulheres, e quantos terroristas foram presos e mortos pelo governo sionista de Israel?”

Por sua vez, Pacheco considerou as palavras de Lula “inapropriadas e equivocadas” e enfatizou que Lula, reconhecido por buscar o diálogo entre as nações, deveria retratar-se e esclarecer suas declarações.

Comparação da Guerra na Palestina com o Holocausto levanta o questionamento de internautas “A troco de quê?”.

Aziz, cujo pai é palestino, esclareceu que é necessário separar o povo judeu do governo de direita sionista de Israel, expressando solidariedade ao povo judeu e destacando a falta de reconhecimento no Senado das 30 mil mortes de palestinos até o momento.

Aziz por sua vez relembrou do episódio em que Bolsonaro se reuniu com a neta de um ex-ministro de Hitler e simpatizante da ideologia neonazista, para trocar ideias.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), que é judeu, também se manifestou, reconhecendo a sensibilidade do tema e defendendo a convivência entre dois Estados: Israel e Palestina.

Essa discussão no Senado acontece em meio ao pedido do Brasil à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para declarar ilegal a ocupação israelense dos territórios palestinos desde 1967. O Brasil argumenta que essa ocupação viola o direito internacional e a autodeterminação do povo palestino. A CIJ está realizando audiências públicas para discutir o assunto, com a participação de 52 países.

O governo brasileiro defende uma solução de dois Estados para encerrar o conflito, enfatizando a criação de um Estado palestino independente e soberano, convivendo pacificamente com Israel. Israel, por sua vez, não participará das audiências, condenando a resolução que originou o debate na CIJ.

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