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Aprovado aumento no auxílio-alimentação e recesso: Câmara e Prefeitura ampliam benefícios enquanto população reage tardiamente

Papanduva

Por Jornal Liberdade 1 min de leitura

Na noite de 18 de novembro, mesmo diante de rumores de possíveis manifestações — que não chegaram a ocorrer — os vereadores de Papanduva aprovaram, sem obstáculos, o Projeto de Lei Ordinária nº 0053/2025, que altera a Lei Municipal nº 2.043/2015 e estende o pagamento do auxílio alimentação a todos os servidores ativos, incluindo secretários municipais, prefeito e vice-prefeito, além de aumentar o valor do benefício.

O texto aprovado determina que o auxílio-alimentação poderá ser pago em tíquetes, cartão ou em dinheiro, passando a R$ 519,55 mensais — um acréscimo imediato de R$ 200.
A repercussão da aprovação, moradores começaram a comentar o caso em grupos de WhatsApp e redes sociais, evidenciando indignação diante do aumento de benefícios em um momento em que a comunidade espera mais investimentos em infraestrutura e serviços essenciais.

Outro ponto polêmico: redução do recesso dos vereadores

No mesmo período, a Câmara também avançou com a Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº 0001/2025, que altera o Artigo 21 da Lei Orgânica Municipal. A mudança redefine o calendário legislativo e, na prática, A mudança reduz — ainda que de forma tímida — o extenso período de recesso parlamentar. Hoje os vereadores têm 95 dias de férias durante o ano.

Com a nova redação, as sessões ordinárias ocorrerão apenas de:

  • 1º de fevereiro a 30 de junho, e
  • 1º de agosto a 20 de dezembro.

Ou seja, o Legislativo passa a ter 73 dias de recesso anual:

  • 43 dias entre 20 de dezembro e 1º de fevereiro;
  • 30 dias entre o início de junho e o início de agosto.

As mudanças aprovadas levantam questionamentos sobre prioridades e transparência no uso do dinheiro público. Enquanto parte da população enfrenta dificuldades econômicas e muitos setores aguardam melhorias, autoridades ampliam benefícios próprios e expõe o excesso de afastamento do trabalho legislativo.

A sensação entre moradores é de que decisões importantes estão sendo tomadas de maneira silenciosa, com pouca participação popular e divulgação limitada, o que contribui para a percepção de distanciamento entre representantes e representados.