Comunidade se mobiliza contra o fechamento de turmas na Escola Francisco Nicolau Fuck
Monte Castelo
Por Jornal Liberdade 10 min de leitura
A comunidade da localidade de Residência Fuck, em Monte Castelo, está mobilizada contra a possibilidade de fechamento de turmas na Escola de Educação Básica Francisco Nicolau Fuck, instituição estadual que atende estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
A preocupação surgiu após a Gerência Regional de Educação de Mafra manifestar a intenção de não abrir, para o ano letivo de 2026, as turmas do 1º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, sob a justificativa de que o número de alunos está abaixo do limite exigido pelo sistema estadual.
Para discutir o assunto e unir forças, foi realizada uma audiência pública na última Sexta-feira, 31 de outubro, na própria escola. O encontro contou com a presença de pais, alunos, professores, lideranças locais e representantes do poder público municipal, que manifestaram preocupação com os impactos da decisão.
Estiveram presentes o prefeito municipal, Sirineu Ratoschinsk, o vice-prefeito, Leandro Simões de Lima, a secretária municipal de Educação, Edneia Rodrigues, vereadores presentes Maila Duffecky e Eraldo Lemos (Mão), firmaram compromisso para encaminhar uma moção sobre o assunto na próxima seção da câmara. Também participaram pais, professores e representantes das turmas, desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, demonstrando o envolvimento coletivo com o futuro da escola.
Segundo a professora Mariane Pires Lisboa, representante da comunidade escolar, a medida pode trazer sérias consequências para os estudantes e famílias da região:
“Temos um prédio amplo e estruturado para atender os alunos daqui e das localidades vizinhas. Caso as turmas sejam fechadas, muitas crianças e jovens terão de percorrer de 24 a 30 quilômetros para chegar até outra escola, o que torna o acesso à educação mais difícil e injusto.”
A professora também destacou que a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o Estatuto da Criança e do Adolescente asseguram o direito de estudar próximo à residência, reforçando que o fechamento das turmas contraria esse princípio.
Durante a audiência, a comunidade reafirmou o compromisso de lutar pela manutenção das turmas e pela permanência da escola em pleno funcionamento, garantindo que todas as crianças e jovens tenham acesso à educação de qualidade sem precisar se deslocar grandes distâncias.
“A certeza do não nós já temos. Agora, vamos em busca do sim. Juntos somos mais fortes e podemos fazer a diferença”, afirmou Mariane, emocionada, ao encerrar sua fala.
A mobilização segue, e os moradores esperam que o diálogo com as autoridades estaduais resulte em uma solução que respeite a realidade e as necessidades da comunidade.
