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Santa Catarina é destaque nacional em atenção a pessoas com estomias e epidermólise bolhosa

Lages recebe seminário de capacitação voltado à humanização do atendimento e fortalecimento da rede de apoio

Por Jornal Liberdade 9 min de leitura

Com uma estimativa de 6 mil pacientes com estomias intestinais e urinárias, Santa Catarina é referência nacional no cuidado a pessoas ostomizadas. Para ampliar a qualificação dos profissionais da saúde que atuam nesse atendimento e também no cuidado de pacientes com epidermólise bolhosa, o Parlamento catarinense e a Secretaria de Estado da Saúde promovem o Seminário de Capacitação em Estomias e Epidermólise Bolhosa, que teve início nesta terça-feira (16), no auditório da Uniplac, em Lages, na Serra catarinense.

O evento reúne médicos, enfermeiros, psicólogos, cuidadores e especialistas da área com o objetivo de promover um atendimento integral e humanizado, visando melhorar a qualidade de vida e a autoestima desses pacientes. A iniciativa é uma parceria entre a Comissão de Saúde e a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa, com apoio da Escola do Legislativo. Lages é a última cidade a receber o ciclo de quatro seminários, que já passaram por Blumenau, São Bento do Sul e Criciúma.

Proposto pelos deputados Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde, e Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que preside a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o seminário discute avanços na regulação de insumos e na reabilitação de pacientes.

A enfermeira Marivana de Mattos, uma das palestrantes do evento, destacou que Santa Catarina é pioneira na adoção de políticas públicas voltadas a essas condições, como o programa SC Cuidando das Borboletas, voltado à assistência de pacientes com epidermólise bolhosa, e o fornecimento de insumos para estomias respiratórias, inclusive para laringectomizados totais.

Segundo a enfermeira Tatiana Delfis, desde 2019 o Estado garante, via SUS, acesso a insumos padronizados e tratamentos especializados, o que coloca Santa Catarina na vanguarda do atendimento. Também participaram das atividades da manhã as enfermeiras Taisa Costa Silva, que falou sobre critérios para uso e regulação de insumos, e Tatiani da Cruz, abordando reabilitação e autocuidado.

A programação segue até esta quarta-feira (17), com palestras, mesas-redondas e oficinas práticas, abordando desde o uso de tecnologias em equipamentos coletores até o manejo clínico e psicológico dos pacientes. A reabilitação, segundo os especialistas, vai além do aspecto clínico e envolve também suporte emocional, inclusão social e resgate da autonomia.

O seminário reforça o compromisso do Estado com políticas públicas de saúde inclusivas e inovadoras, focadas na dignidade e no bem-estar de pessoas com condições crônicas e raras.