Tarifaço dos EUA acende alerta em Papanduva
Fiesc promove reunião de crise com o setor industrial
Por Da Redação 8 min de leitura
Encontro com exportadores foi marcado para segunda-feira (28)
A crescente tensão econômica provocada pelo anúncio de novas tarifas de importação dos Estados Unidos já gera preocupação em municípios com exportações, como Papanduva. Para discutir os possíveis impactos da medida, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) realiza na próxima segunda-feira (28), às 13h30, a primeira reunião aberta do Comitê de Crise sobre o “Tarifaço” norte-americano.
O encontro será realizado de forma online, por meio da plataforma Zoom, com participação aberta a todas as indústrias exportadoras catarinenses. Durante a reunião, será lançada uma pesquisa que visa medir os efeitos da tarifação de até 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. As informações colhidas junto aos empresários subsidiarão propostas da entidade para enfrentar o cenário adverso.
Mobilização
“A mobilização dos industriais exportadores e a participação na reunião e na pesquisa são essenciais para que todas as perspectivas sejam consideradas, e dados robustos e confiáveis possam embasar as demandas para mitigar os impactos na economia de Santa Catarina”, destaca o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Radar
Com quase 70% de suas exportações destinadas aos Estados Unidos, Papanduva está diretamente exposta aos efeitos das novas tarifas. De acordo com dados do Observatório Fiesc, no primeiro semestre de 2025 o município alcançou um saldo comercial positivo de US$ 2,48 milhões, resultado de exportações que somaram US$ 4,62 milhões e importações de US$ 2,14 milhões.
O setor madeireiro e moveleiro respondeu por quase a totalidade das vendas externas, consolidando-se como o principal motor da economia local no mercado internacional. Somente para os Estados Unidos foram enviados US$ 3,125 milhões em produtos entre janeiro e junho.
Estratégia
Diante desse cenário, a reunião da próxima segunda-feira se mostra ainda mais estratégica para Papanduva e para todos os municípios que dependem do comércio exterior. A expectativa é que, a partir da escuta direta dos industriais, sejam traçadas ações coordenadas para reduzir os efeitos do tarifaço no setor produtivo catarinense.
