Clima quente na Câmara de Papanduva
Apesar da noite fria de terça-feira (29), o clima na Câmara de Papanduva foi de tensão. Ao final da sessão, o vereador Edival Iglicoski PL expressou publicamente sua insatisfação com o tratamento que os vereadores vêm recebendo do prefeito Tafarel Schons.
Segundo Vereador Edival, o prefeito “faz apenas o que quer” e tem ignorado sistematicamente as indicações dos vereadores. “As pessoas cobram da gente. A gente leva o problema ao conhecimento do prefeito, mas ele ignora as reivindicações”, afirmou. E acrescentou com ironia: “Quando me perguntam, eu digo: o prefeito não faz porque não quer fazer”. O desabafo chama ainda mais atenção por Edival ser da base do governo.
Iluminação Pública: pressão popular surte efeito
O morador Ernani Werka conhecido como “Tio”, assíduo frequentador das sessões legislativas, encontrou apoio dentro da Câmara para uma antiga reivindicação: a revisão da cobrança da COSIP (Contribuição para Custeio da Iluminação Pública). A população considera o valor abusivo, e o tema deve voltar ao debate com mais força.
“Primeiro de abril”: vereador cobra esclarecimentos sobre contrato
O vereador Adeniz Humenhuka (PSD) solicitou explicações sobre o Contrato nº 003/2025, firmado pela Prefeitura com Maria Aurany B. Martins, no valor de R$ 88.485,00. O contrato, datado de 1º de abril de 2025, tem como base legal a Lei 8.666/93. Adeniz questiona a finalidade e necessidade do gasto.
Reforma da Praça e críticas à memória curta
A vereadora Marli Meireles Prestes de Luca (PP) apresentou indicação para a reforma e revitalização da Praça José Guimarães Ribas, com foco na melhoria da infraestrutura para a Feira da Agricultura Familiar. Porém, vereadores da base aliada questionaram nos bastidores por que, enquanto vice-prefeita, Marli não tomou providências quanto aos mesmos problemas que agora denúncia.
Compra de chocolate: é legal?
Outro tema que gerou questionamentos foi a aquisição de barras de chocolate para distribuição na rede municipal de ensino durante a Páscoa. O Contrato nº 015/2025, firmado com o Koch Hipermercado S.A, teve valor total de R$ 9.085,00. A base legal é a Lei 14.133/2021.
Embora a ação tenha sido bem recebida por parte da comunidade, há questionamentos quanto à prioridade do gasto e sua legalidade, especialmente em período de críticas à falta de remédios na rede publica.