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Simpósio na Alesc vai unir propostas para a COP30

Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas foi marcada para novembro

Por Da Redação 14 min de leitura

Documento reunirá as contribuições apresentadas nos encontros regionais

Um simpósio estadual marcado para o dia 20 de outubro, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), apresentará as propostas colhidas pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa nas cinco conferências regionais sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), evento que será realizado em novembro, em Belém (PA). O assunto foi tema de uma entrevista coletiva concedida no Palácio Barriga Verde, na tarde desta quinta-feira (25).

Conferências regionais
Conforme o proponente das conferências e presidente da comissão, deputado Marquito (Psol), o documento reunirá as contribuições apresentadas nos encontros regionais realizados em Joinville, Lages e Criciúma, além da conferência em Florianópolis, realizada nesta quinta-feira, e da etapa de Chapecó, programada para o dia 3 de outubro.

“Vamos acolher as propostas relacionadas à questão das mudanças climáticas e sistematizá-las em um documento que será apresentado no simpósio estadual e encaminhado à Presidência da COP30”, explicou o parlamentar.

“Esse é um tema relevante para Santa Catarina, um estado que enfrenta diversas ocorrências ligadas ao clima e que possui, além de demandas, boas soluções a apresentar.”

Principais propostas
Marquito adiantou alguns dos principais pontos discutidos nas conferências já realizadas. Em Joinville, por exemplo, destacaram-se a proteção da Baía da Babitonga e a redução na emissão de gases poluentes. Já em Criciúma, o foco foi a transição energética justa, diante da diminuição da exploração do carvão mineral. No caso de Em , ressaltou-se a necessidade de medidas de proteção aos campos de altitude.

“Tomamos a decisão correta ao ouvir a população catarinense e construir esse diagnóstico sobre a situação climática em nosso estado. Santa Catarina é um terreno fértil para esse debate”, afirmou o deputado.

“Além de apresentarmos as propostas à COP30, também vamos entregá-las ao governo estadual, como subsídio para a elaboração de políticas públicas voltadas ao tema.”

Reconhecimento internacional

Luciana Abade Silveira, representante da Presidência da COP30, elogiou a iniciativa das conferências regionais. “Um dos objetivos da COP é justamente estimular que as pessoas, em todo o mundo, participem dessas discussões sobre o enfrentamento das mudanças climáticas em seus territórios”, afirmou.

Segundo ela, a COP30 tem recebido sugestões de diversos setores da sociedade. “Temos acolhido todas com muita atenção. São demandas e soluções que buscaremos levar para dentro da conferência, nas mais diversas formas.”

Entidades e especialistas
Murilo Parrino Amatneeks, que acompanha a agenda parlamentar e dos entes subnacionais na COP30, destacou que o espaço do evento não será dedicado apenas às demandas.

“Também haverá oportunidade para a apresentação de soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas, bem como de boas práticas que já existem e podem ser replicadas.”

A entrevista coletiva também contou com a participação de Beatriz Pagy, coordenadora da rede de parlamentares pelo clima Mandates-C e secretária do Grupo de Trabalho de Clima da Frente Parlamentar Ambientalista no Congresso Nacional.

Informações

-O que é a COP30?
-É a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorrerá em novembro, em Belém/PA.

-Por que Santa Catarina participa?
-O Estado enfrenta impactos recorrentes das mudanças climáticas e reúne soluções e experiências que podem contribuir para o debate internacional.

-O que será apresentado no simpósio estadual?
-Um documento com propostas levantadas em cinco conferências regionais catarinenses, que será entregue à Presidência da COP30 e ao governo estadual.

Foto Bruno Collaço/Agência AL